Conheça a importância do olhar humanizado em um processo de integração.

Você certamente conhece a sensação de borboletas no estômago. Aquelas borboletinhas que dançam uma valsinha desengonçada na noite anterior ao seu primeiro dia de aula, sabe? Na verdade, essa sensação nada mais é do que seu intestino reclamando da redução do fluxo sanguíneo (risos). Você se lembra de como isso já te tirou o sono?

O processo de embarcar em uma nova jornada é basicamente o mesmo da infância. Lembra aquele tão sonhado primeiro encontro? Você escolheu todos os acessórios, lustrou os sapatos, escolheu o melhor penteado e ficou pensando em como seria.

No mundo corporativo, não é diferente. Passamos um tempão aprendendo sobre primeiras vezes e, quando chega a hora de embarcar em uma nova jornada, as velhas borboletas retomam para nosso corpo adulto. Não adianta, elas vão aparecer.

O processo de integração em uma jornada é chamado de onboarding.

O onboarding nem sempre é fácil e, se não for realizado corretamente, pode deixar o colaborador perdido em sua jornada. O que podemos fazer para que esse processo se torne mais leve e assertivo é transformar essa imersão em um processo mais humanizado. Esse passo deixa de ser uma demanda unicamente direcionada ao time de recursos humanos e passa a ser muito mais suscetível ao sucesso quando compartilhado com todos, independentemente do setor.

Para ficar mais fácil a visualização, imagine o processo de onboarding humanizado, como aquele coleguinha que te pega pela mão e te apresenta para todos da turma. É aquele que te oferece o caderno para você ficar em dia com a matéria ou aquele que te conta que a coxinha da lanchonete é a melhor pedida. Nem todo mundo tem facilidade de tomar iniciativas, então qualquer ajuda nesse momento pode ser um alívio para quem acaba de chegar.

Com toda boa licença poética, permita-me dividir um pouquinho da minha jornada:

Recentemente, tive a oportunidade de embarcar no processo de imersão para me tornar uma Sophí Girl na Agência Sophí, e adivinha? Dei de cara com as borboletas.

Era tudo novo, demandas, squad, ferramentas e eu nunca havia experimentado o formato de teletrabalho. Será que iria me adaptar à distância?

Para minha surpresa, tive acesso a um processo de onboarding diferenciado, humano, caloroso e acolhedor. Posso dizer com propriedade: o início da jornada influencia totalmente nossos resultados. Cada detalhe importa e, UAU, como os atos de gentileza são constantes e verdadeiros por aqui.

Logo no meu primeiro dia, por exemplo, meu coração ainda acelerado foi de encontro à campainha batendo na minha casa. Para minha surpresa, uma linda cesta de café da manhã repleta de doçuras (não me refiro só às coisinhas comestíveis). Uma cartinha contando sobre o quanto era bom eu ter chegado e dizendo que desejavam que eu fosse muito feliz nessa nova jornada. Munida de amor, acolhimento, coragem e alguns mimos (detalhes perfeitos e personalizados), impossível não se sentir em casa e querer se jogar de corpo e alma no processo. Trabalho à distância? Somos tão unidas por aqui, que nem me lembro que estamos geograficamente longe.

Ao final do primeiro mês, conheci a dinâmica SOL e SOMBRA, um espaço de troca de feedbacks que aqueceu e fez carinho no meu coração, me fazendo lembrar quantos sóis eu tenho e me fazendo olhar para cantinhos aqui dentro que precisam de atenção e zelo. Já imaginou quantas coisas lindas podemos desenvolver?

O meu início na Sophí foi transformador, tive acesso a apresentações e preparação para desempenhar meu papel aqui dentro e diariamente acordo com vontade de dar o meu melhor. Sem palavras para essa integração! 

Em tempos de marketing de atração, de estreitar distâncias com clientes, de humanização de marcas, não podemos, sobretudo, nos esquecer de humanizar também nossos processos internos, de aproximar nossos times e fazer com que todos se sintam parte.

O segredo do onboarding humanizado nada mais é do que olhar com carinho para a jornada inicial do outro. 

“Ok, entendi sobre as borboletas e sobre a importância de humanizar o processo. O que faço agora?”

Olhe com toda honestidade para seu time. Para quem está chegando agora e para quem já faz parte. Ele está integrado? Você se preocupa com a jornada de integração e imersão? Você conhece a sua equipe?

Entenda que não se trata de uma regra nem de ser invasivo, mas de se colocar à disposição para olhar além das entregas.

Aqui vão 3 passos para colocar a ideia em prática:

1 – Conheça fielmente quem caminha ao seu lado

Entenda em que fase da vida as pessoas estão. Não custa saber como vai aquela tia que estava doente nem parabenizar pelo filho que acabou de passar no vestibular. Parece pouco, não é mesmo? Acredite, pode fazer toda diferença no dia e na jornada de alguém.

2 – Fuja da superfície, não somos máquinas!

Estamos passando por uma pandemia, é natural termos altos e baixos! Estar alinhado aos princípios básicos e limites humanos é muito importante. Entenda, terão dias em que não conseguiremos entregar 200% e não nos tornamos péssimos profissionais por isso. Seja gentil com a jornada inicial do outro.

3 – Valorize, incentive!

Nada melhor do que sabermos se estamos caminhando na direção certa.

O feedback é uma ferramenta com um potencial gigante. A minha experiência foi com a dinâmica Sol e Sombra (que é incrível, inclusive), mas você pode escolher o melhor formato para seu time. A troca é imensurável e, quando realizada da maneira correta, tem muito a acrescentar para ambas as partes. Compartilhe, troque, fale sobre os erros e acertos. Procurem juntos uma solução. A mudança começa agora!

Agora que você já sabe como é importante olhar com carinho para o processo de onboarding, eu desejo intermináveis cirandas de borboletas no estômago. 

Que você faça as pazes com essa sensação e entenda que cada dia é uma nova chance de recomeçar.

Feliz recomeço!