Algumas perguntas sempre aparecem quando conhecem a Sophí: “Por que só de mulheres?”, “Isso funciona?”, “Nossa, deve ser uma falação impossível de controlar”, “Só mulheres… isso vai dar ruim”.  

Para quem está de fora, é quase sempre uma surpresa quando descobrem que só têm mulheres trabalhando na agência. O pensamento mais comum de algumas pessoas é que uma mulher sempre vai querer puxar o tapete da outra em algum momento. “Mulher é invejosa por natureza”.  

Certa vez, uma colaboradora disse que um de seus amigos fez uma pergunta indignado: “Contratar só mulheres não é preconceito contra os homens?”. E, bem, vamos pensar: os homens estão no mercado de trabalho legalizado desde a Revolução Industrial, em cargos de chefia e no controle de grandes empresas e fortunas.  

Já as mulheres pertenciam ao ambiente doméstico. Quando estavam no mercado de trabalho (em sua maioria mulheres negras), era quase coisa de outro mundo ter uma mulher em cargo de chefia. Foi com muita luta que elas chegaram aonde estão hoje. Mulheres têm sua inteligência e capacidade subestimadas todos os dias pelo simples fato de serem mulheres. E no mercado da comunicação, infelizmente, não é diferente. 

Uma agência que quer mudar o mercado  

A evolução é inegável, têm muito mais mulheres nas áreas de marketing e publicidade do que há 10 anos, e a passos lentos elas vão alcançando ainda mais espaço. Porém ainda não é o suficiente. A startup social MORE GRLS, em parceria com o PROPMARK, fez uma pesquisa em 2020 que apontou que as mulheres são cerca de 46% do quadro geral de funcionários nas agências. No entanto, esse número ainda não é o suficiente. 

Rhayda Rufino, CEO da Sophí, é um exemplo de mulher preta que está por trás da criação de uma agência. É com ela que nasceu o sonho de construir uma empresa 100% feminina e com o propósito de valorizá-las de verdade no mercado de comunicação e marketing. 

“Os altos cargos ainda não estão ocupados, formalmente e igualitariamente, por mulheres, porque precisamos provar duas, três, quatro vezes que merecemos a confiança por algo que já entregamos com excelência todos os dias, mesmo com obstáculos maiores na carreira e na rotina de uma mulher. O homem é colocado no cargo primeiro, para depois provar se dá conta. Por isso a corrida fica mais pesada pra gente”, diz Rhayda. 

E os números não mentem. Segundo a pesquisa da PROPMARK, em parceria com a MORE GRLS, só 10% ocupam cargo de presidência, e na área de criação o número também é muito pequeno: só 25% são mulheres. E quando se fala de pessoas pretas em cargos de liderança, o número despenca ainda mais, só 4,3% do total.  

A Sophí nasceu para encorajar mulheres 

Dentro da agência, queremos criar um ambiente que estimula a sororidade e que se importa com os sentimentos e com o momento em que cada colaboradora está vivendo. Isso se reflete em textos mais afetuosos, um atendimento mais prestativo e cuidadoso e uma relação muito mais próxima e amigável entre Sophís. 

Além disso, uma compartilha seus trabalhos com a outra e traz à tona talentos e sonhos que a Sophí pode, de uma forma ou outra, ajudá-las a enxergar e tornar real.  

Elas encontram pessoas que entendam suas dores e necessidades. São pessoas, mas, acima de tudo, mulheres

Lugar de mulher, na comunicação, é onde ela quiser 

“Nosso mercado ainda precisa ser educado quanto ao pensamento de que lugar de mulher não é apenas na área de atendimento ao cliente das agências, como enfeite para as reuniões. Não faz o mínimo sentido as campanhas publicitárias serem criadas majoritariamente por homens para impactar o público feminino se as faculdades formam muitas publicitárias.”, diz Rhayda Rufino, a fundadora da agência Sophí. 

Para mudar essa situação, é preciso contratar mais mulheres em todas as áreas do mercado. A missão da Sophí é fazer com que mais mulheres sejam reconhecidas no mercado da comunicação e assumam cada vez mais cargos de liderança e gestão. 

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