Você já deve ter ouvido por aí que as pessoas estão cada dia mais sensíveis ou cheias do famoso “mi, mi, mi”, principalmente em relação à publicidade. Isso pode até ser verdade, mas, ao contrário do que muitos pensam, essa não é uma característica negativa. Não precisamos passar por uma pandemia para perceber que o público tem exigido mais humanidade da sociedade e também das empresas que desenvolvem e divulgam produtos e serviços. E isso é bom para todo mundo.

Sabemos que o número de mulheres nos departamentos de criação das agências de publicidade brasileiras vem crescendo a cada dia e que elas, geralmente, têm facilidade de criar uma comunicação mais empática. Embora essa característica seja encontrada principalmente nas meninas criativas, é importante lembrar que todos nós temos a capacidade de ser mais empáticos. Basta praticar! 

Um dos objetivos das estratégias de Marketing de Conteúdo é justamente entender as dores das pessoas para desenvolver conteúdos e soluções que supram as suas necessidades. E fazer isso, meus amigos, já é ter empatia com o próximo. Ou seja, para que as suas ações tenham resultados ainda mais satisfatórios, é importante que você coloque uma boa pitada desse ingrediente em sua comunicação. Quer aprender a fazer isso? Fique com a gente.

Para começar: entenda o que é empatia. 

A palavra empatia é derivada de empatheia, que em grego significa paixão. Você deve estar se perguntando se poderíamos usá-la como sinônimo, certo? É mais ou menos por aí, se considerarmos paixão como um sentimento de compreender o que o outro está sentindo. A empatia é justamente isso: a capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa e entender seus sentimentos, dores, motivações e pontos de vista. 

No nosso dia a dia, às vezes é um pouco complicado colocar a empatia em prática. Afinal, estamos acostumados a ver o mundo a partir do nosso ponto de vista, da nossa opinião, julgamentos e sentimentos. E pode ficar tranquilo: essa é uma atitude normal. Mas é preciso rever nossas ações para tentar ver as coisas na perspectiva do outro. Assim, a gente consegue se transformar em pessoas cada dia menos egoístas. 

Tá! Mas isso é realmente importante para o Marketing de Conteúdo? 

Como já falamos anteriormente, uma boa estratégia de Marketing de Conteúdo tem como principal tarefa entender as dores do outro. Quando você cria os seus textos, não está redigindo para si mesmo, certo? Sua tarefa é fazer com que as pessoas entendam as suas mensagens e, principalmente, se identifiquem com elas. 

Um bom texto é aquele que se faz compreensível para um grande número de pessoas. Mas um texto excelente é aquele que inspira o leitor, o faz tomar uma atitude positiva, mexe com as suas emoções e fica marcado na sua memória. Por isso, a empatia não pode ficar de fora da sua escrita. 

Como aplicar a empatia no meu dia a dia pessoal e profissional? 

Esse é um outro ponto que vale a pena destacar. Não é preciso apenas escrever com mais empatia, é necessário também ser mais empático. Pare um pouquinho e reflita: você é uma pessoa empática? Bom! Se essa não é uma das suas características mais fortes, temos uma notícia ótima: é possível treinar as suas ações e, é claro, a sua escrita, para que suas atitudes e textos consigam atingir emocionalmente as suas personas. Quer algumas dicas? 

1 – Escute mais o que o outro tem a dizer. 

Na correria do dia a dia, às vezes deixamos passar necessidades, dores, desejos e conquistas do outro. Tente ficar mais em silêncio e prestar atenção no que as pessoas realmente estão dizendo. Mais do que entender as suas palavras, é necessário compreender também os seus sentimentos. Para isso, depois de ouvir, mostre interesse. Pergunte, investigue e tente saber mais sobre o assunto. 

2 – Explore o ambiente social. 

Observar a rotina das pessoas e imaginar pelo o que elas podem estar passando é um ótimo exercício para praticar a empatia. Vá para ambientes com muita gente, como lanchonetes, praças, filas de bancos, e tente entender quais poderiam ser as suas preocupações e enxergar o outro como você gostaria de ser visto. 

3 – Coloque-se no lugar de outras pessoas.

Não tem exercício melhor para treinar a empatia do que esse. Antes de fazer os seus julgamentos ou criticar alguém, tente entender os motivos que poderiam ter levado aquela pessoa a praticar tal ação. Compreenda suas motivações, seus desejos e até mesmo as suas experiências negativas. Certamente você vai encontrar uma resposta para os seus próprios questionamentos. 

4 – Converse com as pessoas, inclusive com desconhecidos. 

Conversar com quem a gente conhece e admira é fácil, certo? Difícil mesmo é manter um diálogo agradável com quem não faz parte do nosso círculo social. Essa tarefa fica mais complexa ainda quando o outro não tem a mesma opinião que a gente. Mas é aí que está o pulo do gato. É muito importante conhecer essas outras perspectivas. 

Por que aquela pessoa não torce para o seu time? Por que ela não come carne? Por que ela não defende o mesmo partido político? Absurdo? Não! Ela provavelmente tem um bom motivo tão bom quanto o seu para ser diferente de você. Não é preciso concordar com o próximo, mas entender as suas convicções. 

5 – Xô, preconceitos! 

É triste falar sobre isso, mas é preciso. Por mais que sejamos pessoas cada vez mais esclarecidas, antenadas, modernas, infelizmente tem sempre aquelas situações em que fazemos suposições baseadas em rótulos. Para que uma pessoa seja empática, é necessário desafiar seus próprios preceitos e preconceitos.

Uma dica importante, nesses casos, é deixar de lado as diferenças para tentar encontrar o que você tem em comum com essa outra pessoa. Saia da sua zona de conforto e tente sempre ver o melhor em cada um. 

Agora que você já sabe como aplicar, é hora de praticar!

Já apresentamos algumas dicas para que você treine mais a sua empatia com o próximo. Agora é hora de partir para a ação. Além de colocar em prática essas atitudes no seu dia a dia, é importante treinar essa virtude também na sua escrita. Bora fazer dois exercícios? 

6 – Entendendo o outro. 

Vamos começar com um exercício divertido. Pense aí em uma pessoa que você não admira ou cujas atitudes e opiniões você não concorda. Resumindo: alguém que você não goste. Agora, precisamos transformá-la em um personagem legal e empático. Para isso, escreva uma cena de filme em que ela seja o protagonista, levando em consideração os seguintes pontos:

  1. Quais são os seus maiores sonhos?
  2. Quais são as suas motivações diárias? 
  3. Quais características a transformam em uma pessoa boa e humana?
  4. Quais são os seus defeitos? 

2 – Defenda um anti-herói.

Filmes de super-heróis é o que não falta por aí e uma coisa é certa: os bons mocinhos vem sempre acompanhados de grandes vilões. Que o Batman tem grandes virtudes, todo mundo sabe. Mas e o Coringa? Ele é 100% uma pessoa ruim? 

Nesse exercício, vamos entender os motivos que levam as pessoas a se transformarem em anti-heróis. Para isso, escolha um vilão e tente fazer uma redação apresentando características, situações ou atitudes que fazem dele um ser mais humano. Fale sobre: 

  1. Características principais do personagem.
  2. Como ele é apresentado nos filmes?
  3. Qualidades e defeitos do personagem.
  4. Motivos que você imagina que podem ser a causa das suas maldades. 

Bom! O primeiro passo para ser mais empático você já deu. Agora é praticar muito e contribuir para uma comunicação cada vez mais humana, criativa e, acima de tudo, inesquecível.